quinta-feira, 2 de abril de 2009

O Sol é para Todos (To Kill a Muckingbird) 1962


Baseado na obra de Harper Lee, a história se passa em 1932 quando Jean Louise Finch (Mary Badham) se lembra de seus seis anos. Nessa época, seu pai, um advogado de uma pequena cidade no sul dos Estados Unidos decide defender Tom Robinson (Brock Peters), um jovem negro acusado injustamente de estuprar uma mulher branca.
O começo do filme pode ser considerado ingenuo. Por muitos, fraco. Retrata pequenos acontecimentos dos dois filhos do avogado: O medo de um vizinho que dizem ser louco, a amizade com um menino que ia passar o verão na casa da tia e algumas questões sociais, como a ingenuidade da menina em entender o constrangimento das pessoas mais pobres sobre o fato de seu pai ajudá-los.
No entanto, ao longo do filme, a ingenuidade vai se tornando um personagem. Assistimos apenas a pequenas situações do pai tratando do caso do jovem acusado, tudo pelo olhar das crianças. A sensibilidade em tratar um tema tão forte para a época é para mim o ponto forte do filme. Desde o cenario da cidade pacata até o julgamento onde as crianças vão escondidas assistir.

Devemos aplaudir a atuação (que rendeu o oscar) sempre impecavel de Gregory Peck. No entanto, a atuação de Brock Peters não pode ser nem comparada: uma das melhores em anos, que infelizmente a academia deixou de lado. É incrivel como depois de terem visto um filme tão forte sobre o proprio tema do preconteito racial eles ainda não terem feito juz ao ator.

Uma cena em particular que me deixou bastante emocionado é a do final da sentença do jovem: após a sentença do juri decidir que o jovem era culopado, todos os brancos que estavam na parte de baixo da corte saem de cena, os negro, no entanto, que estavam na parte de cima da corte junto com os filhos do advogado, continuam lá, enquanto o advogado arruma sua pasta. Quando ele passa, todos se levantatam. Um pastor negro diz a filha do advogado: " Levante senhorita Jean Louise, seu pai está passando".


Nota: 10,0

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