sábado, 30 de maio de 2009

Dr. Jivago (Dr. Zhivago) - 1965


A Revolução Russa nunca fora tratada com tanta sensibilidade!

O diretor David Lean sempre será associado a grandes produções. E grandes produções boas, não grandes produções iguais as de hoje em que gastam milhões com efeitos especiais e esquecem de pagar o roteirista. A Ponte do Rio Kwai, Lawrence da Arábia e Oliver Twist fazem parte do grande curriculo of this brilliant british!

Em 1965, no entanto, Lean alcança o ápice de sua criatividade cinematografica. Uma história de amor em meio a Revolução Russa baseado no romance de Boris Pasternark mistura a sensibilidade do jovem poeta medico Yury Jivago e as conturbações que envolveram antes, durante e depois a Revulação de Outubro.

O filme começa com a suposta filha de Yury, que é procurada pelo irmão do médico, ouvindo a história de seu pai.

órfão ainda quando criança, Yury (Omar Sharif) é levado à Moscou para morar com seus tios. As oportunidades que seus parentes lhe dispõe transformam yury em um médico com grandes possibilidades de sucesso: o casamento meio que arranjado com sua prima Tonya (Geraldine Chaplin) e seu sucesso como jovem poeta nos jornais da Europa tornam a vida do médico quase que perfeita. A história de Yury, no entanto, é traçada com a de Laura (Julie Christie), estudante de medicina, filha de uma costureira pobre, atormentada pelo namorado da mãe e apaixonada por um revolucionário.

O filme é também uma aula de história. Mostra com perfeição de detalhes o "Domingo Sangrento", como ficou conhecido a marcha do povo russo contra o czar que acabou em um massacre sobre a neve. A desistencia do exército russo de lutar na IWW e as condições de moradia em Moscou. Yury e Laura se apaixonam quando os dois trabalham cuidando dos feridos da guerra. Yury, no entanto, engravidara Tonya e tem que voltar para sua casa, que agora divide com mais 20 familias. Quando resolvem mudar para uma casa no campo, Yury reencontra Laura e acaba tendo uma relação extraconjugal durante mais de um ano.
A fotografia do filme tornam-o muito mais prazeroso de ver. O branco da neve mistura-se com o vermelho do sangue nas ruas de Moscou e na metade do filme as flores amarelas em meio ao campo verde tomam conta da tela e nos dão cenas realmente para toda a vida.

Dr. Jivago não é somente recomendável ao cinéfilos, é obrigatório. Acredito que nenhum filme sobre a Revoulução Russa tocará tanto quanto essa novela reproduzida com Perfeição por David Lean nos tocou.

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